Foi torturante ter que nos mantermos acordados durante 2 horas, na rodoviária de Marília, esperando o horário do ônibus que nos levaria à Serrana, depois de termos dormido pouco na noite anterior, viajado, tocado, e “esticado” até a manhã seguinte para comprar nossas passagens e embarcar no ônibus às 9:30hrs.
Obs: Não podíamos dormir na rodoviária porque estávamos com todo nosso equipamento, além de nossas malas, notebook, grana etc... e, apesar de sermos 3, cada um estava mais cansado que o outro, não dava pra fazer revezamento. Todos iriam acabar dormindo ao mesmo tempo... a solução foi (tentar)ficarmos os três acordados policiando o outro para não dormir, enquanto você mesmo estava “pregando” os olhos... muito “trash”.
Se o ônibus atrasasse 15 minutos além do que ele atrasou, alguem de nós ia passar mal... nossas condições estavam no limite!
Mas, nada de pior aconteceu. O ônibus chegou às 9:45. Voamos pra dentro dele, nos enfurnamos nos assentos, e antes dele sair da rodoviária já estávamos em sono profundo.
Dormimos a viagem quase toda. (lembro de Thiago me passando o celular pra eu falar com o pessoal de Serrana, mas eu não estava conseguindo conectar nada...) Falei com a galera, mas lógico, depois que acordei de fato, liguei e combinamos tudo novamente...
A viagem durou 5 horas até Ribeirão Preto. Lá, pegamos outro ônibus com destino a Serrana. Esse percurso durou mais ou menos 1 hora. Tava um calor infernal dento do ônibus. Chegamos lá, e fomos recebidos por Wanessa, vocalista da banda local “Íbis” e mulher de “Brasileiro”, baixista da mesma banda e fomentador cultural da cidade, assim como Wanessa.
Eles são uma simpatia. Nos receberam em sua casa, e nos ofereceram almoço, que prontamente aceitamos, pois nossa ultima refeição havia sido o café da manhã às 6:00 horas em Marília. Já eram por volta das 16:00, e estávamos exaustos, sujos e famintos. hehehe
Depois de “rangar”, seguimos pra casa dos pais de “Brasileiro”, que iriam nos hospedar, pois aquele já iria receber outra banda que também estava de passagem por Serrana.
Os pais do cara foram(são) hiper gente finas! Rodrigo e Thiago caíram logo nas camas e apagaram, mas não consegui resistir ao som da “Mowntown” que vinha da tv da sala e fui até lá. Começamos a bater papo, e quando me dei conta, já eram 20:00hrs da noite e tínhamos que ir para o local do show, o Centro Cultural “CECAC”; um prédio abandonado de uma antiga escola, que Brasileiro e Wanessa ocuparam, reformaram e agora funciona como Centro Cultural da cidade.
Durante quatro dias ocorreu o festival “Independente ou Morte!” neste local, com várias atrações; bandas, filmes, debates, oficinas...e foi entre essas atrações que nós tocamos.
A noite de sábado no CECAC começou com uma apresentação dos alunos que têm aulas no Centro Cultural. A galera só tocou rock n roll! Muito divertido.
Em seguida, montamos nossas coisas e mandamos “V”. O público foi pequeno, mas por conta de tudo, foi muito legal tocar ali.
Depois de nós, tocou a banda “G.R.A.V.E.” , de São Paulo. Os caras fazem um som “brazuca”, bem legal!
Depois dos shows, demos uma entrevista ao pessoal do coletivo “Culturama” de Monte Alto-SP, que trabalha em parceria com a rapaziada de Serrana. Entrevista essa que vocês podem conferir no link abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=GG6kF6JBX_M
Terminada a entrevista, não tínhamos energia mais pra nada. Só conseguíamos pensar nas camas... e, graças a deus, foi o que aconteceu; seguimos direto pra casa dos pais de Brasileiro, e em 5 minutos, estávamos nos braços de Morfeu.
Acordamos às 8:30 da manhã, comemos, nos despedimos de Edinho e Tereza, aquele casal tão gente fina, e seguimos de carona com até o aeroporto de Ribeirão Preto, onde pegamos o avião, fizemos uma escala em Campinas e cinco horas depois, desembarcamos em Recife. Com seu ar quente, pesado, úmido. Calor infernal. Não é das melhores sensações...
Mas nossas garotas foram nos receber, e isso sim foi muito bom!
Bom galera, isso foi mais ou menos o que aconteceu durante esses 10 dias de tour pelo estado de São Paulo. Espero que tenham curtido nossos relatos e que eles tenham despertado interesse e curiosidade a respeito da banda.